faz tempo que procuro sangue novo na lua
todos as manhãs o sol nasce nas palavras
mas raros os dias em que as nuvens sonham
agrada-me que o tempo na tua face corra
fechado na ampulheta de vidro esfumado
o tempo arrasta-se na baba do caracol
não sabe nada do que está para trás
o passado é apenas pedra
a ser desfeita na mó do teu coração
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