Maio
...................
maio parece querer acabar com a utopia
as palavras comidas no seu da boca, secam
os dentes sibilam uma dor branca
são corropios de texto debaixo da frincha da porta;
Não tenho para onde ir
Jorram palavras vermelhas na fonte do amanhã
A ponto de formarem um rio de borboletas
Ainda presas no cásulo do sentir
Trigésimo segundo dia do mês de maio
Já partiu o dia que sucede à mesma noite
As palavras fazem cócegas na língua do amor
Saiem finalmente as borboletas no oco da boca
Voando como pétalas arrancadas à flor
Sem comentários:
Enviar um comentário