sexta-feira, maio 23, 2003

Envolve-me na envolvente das tuas linhas
cilindra-me com concupiscente degradação
em teus veios de artérias continuas
em sucessões de pontos de reconciliação
emerge-me na junção cónica do teu sexo
onde trombetas soam com o ranger do meio
que interpõem com insuficiência de alma
e evapora-me na languidez do éter
sobre os teus sólidos geométricos de ideias
no encanto poligonal das tuas formas
por me preencheres sexualmente de cores
berrantes alucinógenas doentes de afastamento
em áreas demasiado vastas
num senão matemático em que me (re)negas
a equação do perfeito equilíbrio
(1990)

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