quinta-feira, junho 26, 2003

Telecomunicações e Relações Humanas

Os Desblogueadores de Conversa perguntam se "as Relações humanas têm beneficiado mais com a tecnologia do que sofrido com esta", dando-nos o seu enfoque no que respeita às telecomunicações. E, confirme-me a Charlotte, tele em grego signifca distância. Ou seja, se esses adventos tecnológicos servem para unir aqueles que a distância separou, a inversa também se aplica. A questão pode ser complexa se analisar-mos o que ela já implicou nas nossas vidas, as dependências que se geram, mas só porque, ao contrário do que Decartes dizia, o bom senso não é a coisa mais bem distriuída deste mundo. Em quase todas as conquistas tecnológicas, o pressuposto é resolver uma nossa (da raça humana) inapditão qualquer ou a resolução de uma qualquer necessidade. De um modo corrente a tecnologia existe para nos facilitar a vida. E, esse facilitar da vida, esse laxismo, transforma muitas das vezes aqueles que estão mais longe (no espaço físico) mais próximos na comodidade do contacto. Será mais fácil, mais variado (outra consequência dos tempos tecnológicos, a necessidade de variar estimulos) falar com pessoas no IRC, no MSN, no ICQ do que telefonar aos amigos, marcar um encontro e termos que desistir do nosso conforto para ir tomar um simples café. A tecnologia ajuda-nos a sermos egoístas, a colmatar as nossas necessidades de forma mais fácil, a estarmos ligados aqueles que amamos quando dantes não o podiamos estar. Mas voltando ao bom senso, não podemos deixar de ter em mente que a tecnologia é só uma extensão do nosso corpo. Há uma vida lá fora....

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