quinta-feira, junho 12, 2003

Felgueiras

As lágrimas teimaram em não cair. Quase que se conseguia dar o golpe de teatro e, como se costuma dizer, dar a volta ao assunto. A fuga de Fátima Felgueiras pode não ter sido um bom exemplo de um cidadão exemplar, e mantendo a presunção de inocência que a todos se deve, a fuga por si só é um crime. Nem que seja moral. Mas se não foi um bom exemplo, pelo menos é um bom precendente. À imagem do enredo do último filme do Mr. Bean, onde um magnate queria conquistar um reino para o tranformar numa imensa prisão internacional, a ideia de que os nosso criminosos fujam todos para o estrangeiro parece mesmo muito boa. Os presídios estão superlotados, as finanças poupavam a sua cota parte, e nós vulgares cidadãos cumpridores dos seus deveres fiscais, não nos sentiriámos tão roubados, alguns pela segunda vez. O Brasil já tem suficientes problemas com a segurança, a corrupção e o crime violento; eu extraditava qualquer foragido à lei noutro país, mas isso é com eles, eles lá sabem. Não se pode oferecer nacionalidade brasileira a todo o criminoso que infestam a nossa sociedade?

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