quinta-feira, junho 26, 2003

Grafitti (II)

Apesar de na minha irreverente adolescência ter colaborado na feitura de alguns grafitti's confesso que agora abomino a ideia. Aprende-se, dizem uns, perde-se a irreverência, dirão outros. Não vou questionar o valor estético dos grafitis, não pela razão de que os gostos não se discutem, mas questiono apenas a sua legitimidade. O grafitti é considerado uma sub-arte, vindo de uma sub-cultura, nascida normalmente em meios culturais mais desfavorecidos. Dizem. Não sei quem os faz. O seu acto é considerado crime de vandalismo. Mas nunca se viu ninguém ser punido ou autuado pelo mesmo. Aliás, os grafitters orgulham-se de actuar na clandestinidade e têm horror as paredes brancas. Todas as pessoas sabem. Eu gosto de respeitar as artes e a maneira artistica de cada um se expressar. Já não respeito é o facto de se fazer arte por cima de outra manifestação artistica. Ou a arquitectura também não é arte?

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