segunda-feira, julho 28, 2003

Suspenso

Olhos que vêem turvo
no respirar cadeado,
de tempos escorridos.

Vens empoeirado,
do sentido mexido
do peregrino.

Procuras em vão
os caminhos
de tempos perdidos.

Recolhes estrada
nuvem e fome,
partes sempre.

Vês dentro outro
que não vias,
encontras mais.

Segue o sulco,
tanto galgado,
de penas urdido,
e choro lavrado.

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