quarta-feira, julho 16, 2003

O espirito

Ao acordar não me apetecia levantar, queria ter ficado cativa dos meus sonhos.
Apetecia-me desempoeirar-me de todo o sofrimento, de atirar para trás todas as mágoas, de esquecer todo o mal que vivi. Queria ter-me erguido hoje limpa do que corrói as entranhas, do que destrói a felicidade. Queria olhar-te e só ter bondade, não pensar nunca mais na dor. As cicatrizes da alma fecham, mas a sua marca nunca é indelével.
Serão sempre o lembrete do que passamos. Tenho este espirito hoje, e não parece meu.
Gosto sempre de não pensar assim, prefiro pensar no que me faz caminhar em frente, não ser tão egoísta (fico ainda mais triste pelo egocentrismo). Acção.

Sem comentários: