quinta-feira, julho 10, 2003

A Linha do Horizonte

Quando ela olhou para o horizonte, e viu aquela linha dividindo o céu do mar, apercebeu-se. Apercebeu-se do quanto era ténue a demarcação que dividia as coisas. Reparou que o seu corpo não podia caber nessa linha fina da fronteira, que não se podia habitar à margem de uma e de outra coisa. Imaginou que o seu braço direito tocava no céu e o que o esquerdo acariciava o mar. Ela sonhava viver na fronteira imperceptível das coisas... mas sem pertencer.

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