segunda-feira, julho 14, 2003

Aquario.Um

Malmequer, bem-me-quer .... bem-me-quer, malmequer...
Será verdade? Ou injusta a ideia de pensar que... Será assim? Como nos contos populares? És capaz de acreditar nisso? Ou dizer-me que não? Que é tudo falso, que ainda és capaz de me amar?!

Mergulhou fundo, na possível insensatez das suas ideias como se se quisesse afogar, ou apenas matar uma dor. Mergulhou no azul límpido da água e ateve-se a um beijo na água. Querer-se-ia suicidar?
Ou apenas matar uma dor? Teria coragem de morrer por ela?

Malmequer, bem-me-quer .... bem-me-quer, malmequer...
Será assim? O mundo corria na gárgula que debitava os seus sonhos. Seria o rio onde nos conhecemos? És capaz de me manter afastado dos teus segredos? Será a tua boca um tesouro escondido?

Mergulhou fundo outra vez. Ficou imóvel por tempos imenso, deixando a corrente fazer ondas no seu corpo. Um sufoco na garganta, como um aperto de uma multidão que o contorcia. Querer-se-ia suicidar?
Ou seria apenas covardia para enfrentar os seus medos?

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