Tenho a alma presa num pendor de dor,
aguilhonada por lágrimas salgadas,
a pele tersa na agonia de te perder,
os olhos comprimidos de pranto,
os ouvidos cheios de choro,
o sangue célere em correr,
vivo na memória de ti,
e da tua pena.
O vento corre,
deixa-me um pouco de ti,
tombando delicadamante,
leve como és,
não podes mais ferir.
Então porque magoa a tua ausência?
Nunca passa tempo demais,
o antes e o agora comungam,
como tu e eu fazíamos,
na longinqua vida de antanho.
O meu nome é agora a tua essência,
o meu ser tua descendência.
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