terça-feira, agosto 05, 2003

Voltar

Ser sempre tudo de nada,
aguardar o vazio que não chega,
relâmpagos fumegantes
de sentimentos perdidos.

Buscas inúteis do encontrado,
olhar no escuro o silêncio de ti,
sentir o calor da tua ausência,
tocar o suave cabelo de mel.

Abraçar os beijos contrários,
ver o sorriso dos teus olhos,
ouvir a gargalhada da tua alma,
tocar a tua voz límpida e séria.

Fugir do esfalto que cresce,
saltar o caminho lá longe,
encontrar-te no meu mar.
Espero.

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