segunda-feira, agosto 11, 2003

Horizonte

Horizonte, de uma viagem esquecida. Recortes por entre as montanhas onde são abruptos os pontos de ruptura. Peço-te, vem. Talvez ignorando o meu nome, o meu rosto. Vem irada, confusa, se estiveres perdida, vem. E esquece. O teu passado, a tua ira e encontra-me. Corresponde, ao olhar com um beijo, à palavra com a mão dada e amor. Acima de tudo, o meu poema junto à cabeceira como uma carícia. Se eu partir, o mesmo que dizer a querer regressar. Perdi-te no tempo das procuras, incapaz de controlar ânsias e peço-te, regressa. Com outro nome, com outro rosto. Mochila às costas, carrega pouca coisa, traz poucas recordações, não te esqueças do humor, traz o poema que ignoravas ser meu, e encontra-me. Não no fim do tempo, mas no princípio de uma qualquer viagem. (1995)

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