terça-feira, agosto 05, 2003

Rilke ja ia as discotecas?

Começou como banquete. E transformou-se em festa, mal se sabe como. As luzes altas tremiam, as vozes esvoaçavam, tiniam canções confusas dos cristais reluzentes, e por fim, dos ritmos já maduros: brotou a dança. E ela a todos arrebatou. Havia nas salas um marulhar de ondas, encontros e escolhas, despedidas e novos encontros, ebriedade de brilho e cegueira de luzes e um baloiçar-se nos ventos de verão que havia nas vestes de mulheres ardentes.
De vinho escuro e milhares de rosas sussura o tempo e corre para o sonho da noite.
(1899)
Rainer Maria Rilke in "A balada do amor e da morte do alféres Cristovão Rilke"

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