três dias a evitar bater com a cabeça nas paredes por uma raiva crescente. entre letras injustas não te escrevo. talvez o fizesse, caneta cor de ira a debitar texto aonde havia branco, olhar de sangue e sempre injusta a palavra a fazer feridas como se quisesse rasgar o céu da boca. um frémito quase vómito de desejos contidos com laivos de maldade nas palavras pululantes de uma mente pouco calma, resguardo as palavras... as que não te escrevo. o silêncio fere mais, ainda mais quando o junto de indiferença. e eu gosto, amo essa indiferença que percorre veias grossas recebendo pontapés de um coração que, de forte, só tem a sua impenetrabilidade. mas não volto a dizer isso do teu, nem isso, só o silêncio e uma maldadezinha que é não contar segredos. nem por vingança. é só mesmo por indiferença, desprezo, pela tua injustiça ou o que queiras dizer porque já não te ouço.
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