Eu hoje parei para ouvir a luz e sonhar que o vento paira sobre a névoa. Sem velejar entre os espelhos as imagens discorrem em seco, sem aquele bafo molhado da manhã. Hoje não vejo o mármore das estátuas, nem o cobre ou o bronze esculpido. Paredes meias com as nuvens, a escorrer ideias em jeito de estranheza, onde sugo o alecrim derretido em sumo. Hoje já não quero, porque querer não é querer, nem desejar somente se pode. As aranhas sem teias, desnorteadas, escapam à sua própria fuga e tementes à sua covardia, se arredam. Que os caminhos que desconhecem, resguardam nos olhares silenciosos, só para maltratar a sua própria fragilidade
E hoje, hoje já é ontem...
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