sábado, abril 03, 2004

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Esse tempo em que não éramos nada, em que nos perdiámos na memória das coisas. Acabamento único, num quandro, uma pintura de aguarela aonde se vertia a água dos sonhos. A maldição da noite, a maldição dos tempos infindos. Doia-me a alma de Verão. Destruias-me os sonhos por dentro, a alma revirada do avesso. O amor e o desamor em contraste. Uma sinfonia de ódio latente. A vida às escuras, à espera de brilhar nos teus olhos.

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