Corri, como a um defunto se faz, a mão gelada pelos olhos em gesto de morte. No corpo de latente cadáver, corri, a mão sempre amena: na boca, no peito, até apertar
com a força do escândalo a barriga de mulher grávida. E corri, de novo a mão em carícia espalmada bem em cima do sexo repleto de amor e fecundidade. E toquei, bem fundo de paixão o útero amado donde nasce a vida. Corri, como a um defunto se faz, a mão pelos olhos pelo gosto de te matar; a todos os olhos de outros. E no teu útero,
como um toque divino, fiz nascer-te em amor para mim.
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