Sentada na minha pedra, vou desfiando lágrimas ao luar
e escuto o que ele diz.
O mar é calmo hoje, tem todas as tuas qualidades
mas também os teus defeitos,
e quem me dera ser poeta para os poder descrever.
Desfolho pétalas de uma rosa antiga
e desfolho segredos também.
Ninguém me ouve,
que importa?
Só os passos do luar me acompanham
e tu já não estás comigo.
As palavras perdem-se assim, e tanto tu como eu
já não sabemos delas...
As lembranças que caminham por aqui roubam passos ao luar
a quem os dá
e não tenta viver sob uma estrela.
Os astros são sempre assim, frios
(também a tua existência continuou sem mim,
eras o meu sol),
resta um marulho lá no fundo que permita recordar...
Dói-me a alma
e a coragem que não tive de ser feliz.
*
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