sexta-feira, março 19, 2004
Ausencia
Eu gosto de falar dela, de contar as suas aventuras. Gosto de envaidecer as suas qualidades, de brincar com os seus defeitos. Gosto, sobretudo, de a recordar, de a ter comigo em todos os instantes. Nem sempre posso estar com ela, e isso impele-me a falar dela, ou então como agora, de escreve-la, de retrata-la por adjectivos, que é o mesmo que esculpi-la de uma outra forma que não a física. É o poder das palavras, esse poder que as palavras têm para despertar imagens, que me faz falar dela, permite-me subtrair a sua ausência.
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