fui passear pela tarde. apeteceu-me. vi flores bonitas mas não as peguei por ser proibido.
eram para te oferecer, mesmo que eu nunca ofereça flores. agarrei a água do lago que como sempre escapou entre os dedos; a eterna e patética metáfora da nossa relação. tenho-te dentro de mim aonde não queres pernoitar, tens medo dos sonhos mesmo quando a realidade te dói. fiquei até o sol se pôr enquanto tu vieste pela noite com o brilho de sempre, o sorriso postiço de alegria redesenhado nos lábios e as mão trémulas de um nervoso miudinho, contagioso. persigo o teu olhar no escuro da nossa timidez, envergonhas que te ame, envergonhaste da minha ausência no teu coração. é a ultima vez que saímos, adivinho o teu percurso de palavras enquanto trilho um qualquer destino que nos é imposto. vou dar uma curva obrigatória, tu já deste meia volta ao meu sentir.
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