quinta-feira, outubro 30, 2003

(e/ou) 2.07

partida.
sempre uma viagem e um prenúncio de saudade. pára, e recorda: as mãos puxadas e repuxadas por um fio invisível, agindo descontroladas, demedidas. e frenéticas. ao som da música como uma cobra enfeitiçada; a música bate estonteante, estou a vê-la no ritmo, perdida no ritmo, na vida, toda ela, no que se passa ao seu lado, no que se passa na sua vida. a vida na sua vida: carrossel como bebedeira. tonta: de dança, do álcool, do vício da vida.
há-de chegar, chegar a algum lado, talvez já não tão perdida. reencontrada. ou ainda mais tonta, mais ébria do vício de viver, de fazer o querer, sem pensar, sem sentir. a querer,sem pensar, sem parar. e gira e rodopia, sempre a partir, sempre a querer chegar ou sem nunca parar.

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