Uma vez ofereci-lhe um livro de poesia. Gosto de dar palavras. Muito mais do que falar. Às vezes, não sabemos o que querem dizer certas palavras, mas elas soam bem. É um requinte da alma. Outra vez ofereci-lhe um romance. O nosso. A casa dela estava cheia das minhas palavras. As palavras nunca perdem o valor. Às vezes, só se alteram na linha contínua do tempo. Adquirem outro significado. Estás-me sempre a mimar com as palavras, disse-me ela. É, as coisas boas estragam-te... como a uma criança mimada. Deixa estar... as más também!
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