domingo, junho 13, 2004

A loucura da alma

Era uma viagem escura pela loucura da alma, os olhos baços de uma cegueira pretendida e o braço hirto suspendendo uma agulha de dor. Os meus olhos parvos da visão inositada e a tua outra mão estendida ao meu auxílio.

A minha alma não é tão vasta como os desertos mas apenas escura e fria e sem perdão. Os meus olhos mimados de lágrimas e lastima não são o teu refúgio nem salvação e as minhas palavras apenas a torneira do teu choro.

A tua beleza que ainda amo estancada no torniquete, asfixiada na agulha de prazeres de ilegalidade a minha cabeça tonta e zonza de drogas legais. Eu ainda embebido na promessa do teu amor coberto de felicidade e a tua outra mão estendida a necessidade de socorro.

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