sábado, maio 01, 2004
A árvore que não dá frutos
O destino é como as rosas e, por vezes, murcha lentamente. O sol que nasce todos os dias já cá não está entre as folhagens. A árvore perdura mas não dá frutos, continua com o nosso nome gravado na sua casca. É uma escrita de seiva a que lhe fizemos, é a ferida da árvore que não dá frutos. O meu coração bate ao vento que debanda em retirada com as aves. O livro azul lá está enterrado debaixo da árvore sem frutos, a rir-se entre as folhagens, debaixo da terra no húmido do tempo. A aranha passeia sobre o teu diário, enterrado como está o nosso amor, debaixo da árvore que só tem folhas a guardar as páginas que nunca irei ler.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário